Por Alfredo Coelho
Uma nova geração de suplementos chega ao mercado!
É muito comum associarmos a palavra proteína a alimentos ou produtos de origem animal, esquecendo que este importante macro nutriente também é encontrado no reino vegetal. De forma simples e resumida, podemos defini-las como compostos orgânicos produzidos a partir de pequenas porções denominadas de aminoácidos, e imaginando que a grande maioria dos tecidos que constituem o nosso organismo são formados por proteínas fica fácil entender a importância que as mesmas representam em nossas vidas.
Evoluímos com a noção de que o consumo da carne animal é essencial, praticamente mandatório, para a nossa saúde, não levando em consideração, na maioria das vezes por falta de conhecimento, a vasta quantidade de aminoácidos encontrados no reino vegetal. Com o processo de industrialização e o crescimento acelerado das cidades, o mercado exigiu uma maior e mais rápida produção dos animais utilizados para consumo. Com isso, a criação, alimentação e até mesmo o tempo de crescimento dos animais foi alterada, assim como entraram em jogo as vacinas, antibióticos, hormônios de crescimento e outras substâncias químicas até então não existentes no alimento consumido pelo homem.
Com o aumento do número de doenças, principalmente as alergias, relacionadas a este novo perfil de produto animal destinado ao consumo, temos visto uma crescente valorização por uma alimentação de origem vegetal. Crescem, também, a cada dia, os produtores de alimentos orgânicos, assim como a busca por este melhor estilo de alimentação. Vale ressaltar que não estamos aqui falando de veganos ou vegetarianos, mas sim de uma população que busca reduzir a quantidade ingerida de carne animal adicionando novas fontes de proteínas vegetais.
Proteínas Vegetais
Assim, podemos raciocinar quanto aos suplementos alimentares à base de aminoácidos, ou proteínas, utilizados em grande escala pelos praticantes de atividade física. Sua grande maioria ainda é produzida a partir de derivados do leite bovino. Através de processos de filtração e seleção busca-se concentrar, ou mesmo isolar, as frações que contem uma maior quantidade de aminoácidos que se assemelhem à composição do leite materno, constituindo o que conhecemos como Whey.
Relembrando nosso parágrafo inicial, são os aminoácidos ingeridos que irão, dentro de nosso organismo, produzir as proteínas que necessitamos. Desta forma devemos entender que o que irá determinar o valor biológico de um suplemento alimentar proteico é o seu perfil de aminoácidos, e não exclusivamente a sua fonte. E é seguindo esta linha de raciocínio que empresas estão investindo em produtos contendo os vegetais como fonte de aminoácidos. Arroz, ervilha, semente de hemp, quinoa, amaranto, cranberry e vários outros estão entre as fontes utilizadas, podendo ser cultivados de forma orgânica e na sua maioria sem sementes geneticamente modificadas.
As opiniões ainda se dividem quando comparados os shakes vegetarianos, digamos assim, com os de origem animal, mas até mesmo atletas de competição já optaram pela proteína de origem vegetal relatando melhora do desempenho. Só o tempo irá determinar o futuro destes suplementos, mas suas chances de ganharem cada vez mais espaço no mercado são grandes, principalmente entre aqueles que buscam resultado aliado à saúde.
Alfredo Coelho é médico e redator da coluna semanal Bem Estar e Saúde, do Jornal O Liberal, no Pará. Com foco na área da medicina preventiva será nosso colaborador, falando sobre saúde, atividade física e alimentação, dentro de uma visão sempre moderna, revendo conceitos e trazendo informações de como modificar a cada dia nossas vidas.
